domingo, 17 de outubro de 2010

Um mestre de verdades


"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos"
  (Charles Chaplin)


E, não mais do que de repente, um trecho de Chaplin veio a cair-me como uma luva. A mim e os meus devaneios.

 

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Reflexões... Solidão

Estar só, muitas vezes não é estar realmente só. É apenas a forma de você sentir o vazio dentro de si e tentar exergar além do que você não pode ver no momento.
A solidão não precisa de um ser para existir, apenas de algum para que a sinta. Pode-se estar num turbilhão de gente e se sentir só ou estar só e ter um turbilhão dentro de si.
A escolha do estar sozinho pode ser nossa, ao mesmo tempo em que ela pode vir sorrateira e pegar de surpresa os mais desavisados.
A solidão vem e vai e tem várias formas e tem vários rostos. Tem muitas cores e gostos, umas vezes cinza... outras lilás; vezes amarga, outras, é o mais puro doce.
Estar só pode ser produtivo, generoso e paciente. Quando estamos sós e viajamos para dentro de nós mesmos e nessa viagem conseguimos encontrar o que nos faltava, aí sim, essa solidão é prazeirosa, é doce, rica e tem suas cores mais radiantes. Entretanto, quando, na solidão, nos vemos realmente sós, vazios, ela tem gosto ruim; chega muitas vezes à vontade de estar pelo avesso, lavar de toda a fuligem acumulada que nos leva ao cinza impuro, ao gosto amargo, ao asco.
Deveríamos pensar todos os dias na possibilidade de estarmos realmente sós e ao mesmo tempo sermos preenchidos de todas as cores, experimentarmos a cada dia um gosto diferente até chegarmos ao nosso ideal. Pode não ser a cor branca em seu tom mais puro, para que não sejamos tão egoístas a ponto de fecharmos os olhos alheios, como também não sejamos tão doces, para que aqueles que se cansaram desse sabor tenham a possibilidade de aproveitar o gosto bom de estar ao nosso lado todos os dias e não ficarem restritos de saborear juntos o que a vida tem de bom.

Só, no meio da multidão


Todos passam e ninguém me vê,
Estou ali parada, quieta, suave
Entre os ramos de outras róseas flores
E só os olhos atentos de quem realmente quer ver
Enxergam as mais diminutas características no meu ventre

E a esse ser, Possuidor de tais olhos
Entrego toda a radiante beleza
E espinhos entre as folhas macias
Que só os dedos os mais astutos conseguem desviar
E levar à boca macia o meu beijo de pétala com orvalho.


Andrezza R. Menezes